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Veja maisSe você está a procura de um atelier de arquitectura em Luanda, precisa primeiramente entender que, assim como as demais artes, a arquitectura também reflete as transformações da sociedade e o seu panorama actual.
Em Luanda, temos visto projectos modernos, jovens e vibrantes, que buscam enquadrar a cidade na rota dos principais municípios do mundo. Porém, para entendermos o futuro, é de suma importância olharmos também o passado – e compreendermos o quanto a Guerra Civil e os demais factos históricos marcaram a arquitectura da cidade e do país de uma forma geral.
Neste conteúdo, fizemos um panorama sobre a arquitectura em Luanda e em Angola – e também selecionamos uma lista dos principais atelier de arquitectura em Luanda para lhe ajudar nos seus próximos projectos construtivos. Confira!
Para entendermos como a arquitectura em Luanda e em Angola se desenvolveu, é essencial vislumbrarmos o passado e o caminho já percorrido até então. Somente assim é possível compreendermos as nossas origens, necessidades e urgências em termos construtivos e habitacionais.
Durante o período colonial, a arquitectura esteve muito ligada à herança portuguesa. Essa influência teve início em meados do século XX, quando muitos arquitectos portugueses procuraram escapar da repressão do Estado Novo ao migrarem para Angola.
Neste período, a preocupação estava ligada especialmente à qualidade plástica dos objectos arquitetônicos, ao adoptarem uma linguagem de inspiração modernista, direccionada para a habitação colectiva e para o povoamento da cidade colonial.
Entre os destaques da história de arquitectura em Luanda está a criação do Gabinete de Urbanização de Angola, nos primórdios da década de 60, realizada por Fernão Lopes Simões de Carvalho. Ele também foi o responsável por projectar a urbanização de Luanda, em 1962, ao trabalhar no plano dos lotes do Prenda e procurar desenvolver a coabitação entre população branca e autóctone.
É válido lembrar que, neste período, as políticas urbanas e habitacionais implementadas em Angola, impostas por Portugal, acompanhavam a linha ideológica do Apartheid extremo da vizinha África do Sul.
Contudo, em oposição à essas políticas, surgem localmente os musseques, soluções habitacionais precárias construídas pela população de baixa renda e situadas nas áreas periféricas de Luanda.
Entre 1975 a 2002, a Guerra Civil assolou os angolanos após a independência, o que gerou uma pesada crise social e de infraestrutura – e, claro, implicou também na arquitectura do país.
Nos primeiros dez anos do Governo MPLA independente, de discurso socialista, o Estado procurou forjar a construção de “um só povo, uma só nação”. Para isso, o Governo nacionalizou e confiscou a generalidade dos bens imóveis. Mas, como não garantiu sua manutenção, as propriedades transmitidas para o poder do Estado passaram a se deteriorar.
A Guerra Civil também estimulou o êxodo rural em Angola que diversos deslocados e refugiados passaram a migrar para as áreas urbanas, especialmente para Luanda. Os musseques se tornaram mais densos, ao passo que as novas áreas periurbanas ficaram mais precárias e se difundiram pelas franjas da cidade.
Apesar dos esforços do governo socialista, as medidas implementadas não conseguiram combater as desigualdades sócio-espaciais de Angola.
Com o fim da Guerra Fria, Angola passou a actuar sob o regime neoliberal e houve uma abertura oficial do país aos investidores estrangeiros e privados. Porém, com a intermitência da Guerra Civil cada vez mais feroz e o aumento exponencial dos deslocados, os problemas urbanos tornaram-se ainda mais complexos, especialmente em Luanda.
Nos musseques, as relações rural-urbano reinventaram uma urbanidade própria. Apesar disso, o que vimos na década de 1990 foi a proliferação dos musseques e o agravamento da qualidade de vida.
Os acordos de Paz de 2002 cessaram a Guerra Civil e o governo angolano assumiu combater a pobreza urbana e habitacional da capital do país como um dos seus principais objectivos.
Para isso, foram tomadas diversas medidas jurídicas e políticas públicas, como a Lei do Ordenamento do Território e Urbanismo, a Lei do Fomento Habitacional e a adopção do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação.
Todas elas preconizavam a melhoria da qualidade de vida urbana e habitacional em Angola por meio da normalização do seu território, com o objectivo de transformar ocupantes irregulares em cidadãos regularizados e integrados à sociedade urbana.
Com o fim da Guerra Civil, Angola começou a se firmar como um importante país da África e do mundo, especialmente graças à sua indústria petrolífera. Luanda passa a se tornar uma cidade “do mundo”, uma verdadeira metrópole onde se encontram influências diversas.
Os conceitos modernos e até extravagantes são bastante explorados na arquitectura em Luanda e são muitas as construções que demonstram essa preocupação. Entre elas, uma bem marcante é o Pavilhão Multiusos de Luanda, também conhecido como Arena de Luanda.
Projectado em 2013, ele foi construído para receber o 41º Mundial de Hóquei em Patins e a sua construção constituiu um marco urbanístico e arquitetônico fundador de um novo tecido e gerador de novas centralidades.
Outro ponto que merece destaque é a Baía de Luanda, que mostra aos seus visitantes um projeto estruturante e emblemático desse novo momento de Angola. Em uma área que sofreu grande impacto durante a Guerra Civil, houve investimento com preocupações ecológicas, como a descontaminação das águas da baía, principal atractivo turístico da capital.
É na orla urbana da Baía que se situa o edifício DYEJI, outra obra arquitetônica de destaque actualmente. Com 8 pisos e 28 apartamentos, ele conta com uma fachada extremamente moderna e muito vítrea com terraços brises-soleil e uma expressão única.
Apesar da evolução da sociedade e também da arquitectura em Angola e especialmente em Luanda, ainda há muitos desafios a serem superados.
Embora muitas construções tenham um carácter modernista e futurista, a exemplo de outras grandes cidades do mundo, ainda falta uma noção de utilidade desses projectos, especialmente no que tange à infraestrutura e a preocupação com a manutenção dos mesmos.
O que os arquitectos e urbanistas notam hoje em Luanda é uma urgência maior em construir e mostrar ao mundo a reconstrução do país, porém pouca preocupação com a funcionalidade dessas construções, como falta de estacionamento, dificuldades de acesso, entre outros.
É necessário satisfazer a demanda crescente por construções, mas de forma artisticamente uniforme, funcional e planificada.
Em relação ao desenvolvimento urbano, apesar do crescimento expressivo e das preocupações em criar-se um Plano Director Geral de Luanda, ainda há questões sensíveis que precisam de atenção, como é o caso do saneamento básico, não apenas das águas domésticas, mas também das águas pluviais.
Soma-se nisso a necessidade de desenvolverem-se projectos que valorizem a qualidade de vida das pessoas e que também promovam a sustentabilidade – a exemplo do que ocorre na arquitectura mundial.
Ao entendermos um pouco da história da arquitectura em Angola, podemos compreender o presente dessa arte no país e também em Luanda.
Muitos dos nossos arquitectos trabalham actualmente com os preceitos modernos que regem a sociedade actual, buscando inspirações em outras cidades importantes para o mundo.
Assim como também vemos uma crescente preocupação com a sustentabilidade e a qualidade de vida nas construções, de forma a preservar as gerações futuras e oferecer aos moradores locais bonitos e acessíveis.
Separamos uma lista de ateliers de arquitectura para lhe ajudar na busca do profissional adequado ao seu projecto.
Atelier de arquitectura em Luanda liderado por Alexandre e António Falcão Costa Lopes. Dispõe de uma equipa multidisciplinar de arquitectos, urbanistas, engenheiros e designers.
O atelier actua nos âmbitos da arquitetura, urbanismo, paisagismo e interiorismo, desde as grandes intervenções territoriais e empreendimentos urbanos até as habitações unifamiliares.
Aberto em 2015, este atelier de arquitectura em Luanda foi fundado por Celso Soares e atende clientes comerciais e residenciais. Seus projectos buscam o inusitado, a solução criativa, o bom gosto e a elegância, com soluções únicas para cada cliente.
Este atelier de arquitectura em Luanda é uma empresa de caráter internacional, com escritórios em outros países, como Brasil e México. Seu foco está na conceptualização e execução de projectos a diferentes escalas: desenho urbano, arquitetura, paisagismo, remodelações e efémero.
A filosofia do atelier parte de um desenho integral que incorpora elementos de natureza e cria atmosferas agradáveis aos seres que habitam o espaço, com incorporação de elementos de eficiência energética e processos construtivos sustentáveis.
Em funcionamento desde 2003, este atelier de arquitectura em Luanda tem desenvolvido estudos e projectos em diferentes vertentes como serviços, equipamentos desportivos, habitação, reabilitação e recuperação, planos directores, arquitectura de interiores e decoração e propostas e concursos.
Para isso, dispõe de equipa multidisciplinar e multifacetada com colaboradores de diferentes áreas como engenharia, paisagismo, certificação energética e outros.
Esse atelier de arquitectura em Luanda foi fundado em 2010, ainda sob o nome de Luand’arq Arquitectos Associados, pelos arquitectos Nuno Gonçalves e Pedro Catela do Vale. Em outubro de 2017, o atelier mudou de nome e passou a atuar também em Lisboa, Portugal.
Actualmente, os arquitectos do atelier estão associados a projectos de distintas escalas, como pavilhões temporários de exposições, galerias de arte, museus, hotéis, restaurantes, bancos comerciais, residências particulares e santuários religiosos, com mais de 20 obras concluídas em Luanda e Lisboa.
O Esfera Arquitectos é um atelier de arquitectura em Luanda com projectos variados e abrangentes que apresentam aos clientes ideias e soluções inovadoras e que vão ao encontro dos seus objectivos. Para os arquitectos da Esfera, cada projecto é único e exige uma visão particular das necessidades dos seus clientes.
Criatividade e inovação são as principais palavras que traduzem este atelier de arquitectura em Luanda. Em seus trabalhos, as equipas procuram fazer a diferença e acrescentar valor a todas as soluções propostas.
Eles creem que a principal diferença da arquitectura moderna são os detalhes e por isso realizam escolhas meticulosas, criando ambientes únicos, modernos e especiais.
Este é um dos mais modernos atelier de arquitectura em Luanda que também tem o foco na decoração de interiores, tanto de espaços privados como públicos. O gosto pelo contraste entre materiais naturais, cores e texturas de Angola é a principal fonte de inspiração das equipas.
Neste conteúdo, você viu que a arquitectura em Angola está em constante transformação, especialmente em Luanda. Do domínio português, ao passar pela Guerra Civil e para a abertura ao mundo, a arquitectura sofreu diversas alterações.
Hoje, Luanda se situa como uma das mais importantes cidades do mundo e isso se reflete em suas construções modernas e ousadas e na reconstrução da cidade como um todo.
Embora ainda existam pontos que necessitem de cuidados, a arquitectura em Luanda é moderna, pulsante e versátil – e isso tudo se reflete também nos vários tipos de atelier de arquitectura existentes em Luanda, com opções para projectos unifamiliares até aos mais amplos.
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